Opinião sobre 'nepo babies' e piada sobre ter sido 'forçada a ser atriz': as entrevistas de Fernanda Torres pelo mundo divulgando 'Ainda estou aqui'
Durante processo de divulgação de filme pelo mundo, atriz concedeu entrevistas para veículos internacionais e abordou temas que vão além do projeto cinemat...
Durante processo de divulgação de filme pelo mundo, atriz concedeu entrevistas para veículos internacionais e abordou temas que vão além do projeto cinematográfico. Fernanda Torres estrela novo filme de Walter Salles, que deve concorrer ao Oscar. KC Armstrong/Getty Images via BBC Fernanda Torres segue com seu processo de divulgação de "Ainda estou aqui" pelo mundo na busca de uma indicação do filme no Oscar 2025. E essa campanha inclui uma série de entrevistas internacionais. Ao longo das últimas semanas, Fernanda já deu sua opinião sobre o termo “nepo baby”, celebrou ter se tornado fonte de memes e brincou que “foi forçada a ser atriz” ao contar como foi o início de sua carreira artística. Leia também: Como um longa é indicado ao Oscar de Melhor Filme Internacional? 'Ainda estou aqui' tenta vaga na premiação Além de Fernanda Torres: quem são as estrelas cotadas para concorrer ao Oscar de Melhor atriz Veja algumas declarações da atriz para veículos internacionais: "Meus memes são uma febre" A revista Vanity Fair apontou Fernanda Torres como um ícone internacional e divulgou uma longa entrevista com a atriz. Nela, a atriz fala de sua carreira e do filme de Walter Salles. Fernanda também comemora o fato de ter virado meme no Brasil. "As pessoas pensavam que eu era comediante porque eu era muito popular. Eu tenho sobrevivido com a nova geração porque eu virei meme. Meus memes no Brasil são uma febre. Eu vejo memes como uma forma superior de arte. Estou muito orgulhosa." Nepo baby e o mundo bobo Em outro trecho da entrevista, ela opinou sobre o termo "nepo baby", usado para famosos que são filhos de famosos. "Hoje em dia, neste mundo cruel em que vivemos, isso é chamado de 'nepo babies'. [Mas] isso é como uma tradição, a família do circo — isso é algo lindo. É um trabalho que você pode aprender observando, imitando, vivendo naquele ambiente. É como os médicos. Mas não, hoje em dia eles decidiram que [nós somos] 'nepo babies'. Um mundo tão bobo." "Fui forçada a ser atriz" Em outra entrevista, desta vez em um evento organizado pela Film Independent Presents e comandado pela roteirista Jenelle Riley, Fernanda levou a plateia aos risos ao comentar que foi "forçada a ser atriz". Ao ser questionada sobre seu início na carreira artística, fernanda explicou: "Fui forçada a ser atriz. Eu queria ser médica, mas fui proibida, porque meus pais me arrastavam para o teatro onde eles trabalhavam e quando eu estava com 30 anos, eu desisti. Eu esperava fazer algo mais, mais já era tarde. Eu comecei a escrever, mas... meus pais são atores e eles trabalhavam com isso de terça a domingo, então eu tinha que estar com eles. Eu tinha que que ir ao teatro e isso destruiu minha vida." "É sempre bom ter minha mãe no elenco" Ainda durante o evento da Film Independent, Fernanda falou sobre a participação da mãe, Fernanda Montenegro, no filme. "É sempre bom ter minha mãe no elenco". Ela ainda contou uma divertida história sobre a confusão que algumas pessoas já fizeram sobre a presença de Montenegro na obra. "Tem uma história muito engraçada que já aconteceu mais de uma vez, de pessoas falarem que o responsável pela maquiagem do filme é incrível. E eu quase falei para minha mãe: 'posso tirar seu nome do filme? Talvez isso me ajude'." Ao g1, Fernanda pediu cautela na empolgação nacional Fernanda Torres e Selton Mello falam sobre 'Ainda estou aqui' Antes de iniciar sua campanha internacional, Fernanda Torres também concedeu uma entrevista ao g1, na qual ela falou sobre a torcida brasileira pelo Oscar. Publicações especializadas, como a revista "Variety", colocam Salles, Torres e os roteiristas entre possíveis surpresas da premiação. "Eu só não quero que a pessoa ache que se não vier o prêmio, que o filme perdeu", disse a atriz, que prefere ter cautela com a empolgação. "Ele tem que entender que um filme brasileiro, com o que está acontecendo, já é um acontecimento." Para ela, por mais que premiações ajudem a popularizar o filme com o público brasileiro – há quem fale até em uma correção da injustiça quando sua mãe perdeu em 1999 –, isso acontece sem a necessidade da estatueta. "Para isso não precisa o prêmio. Isso já está acontecendo. Pessoas que não falam de cinema – porque o Brasil vive um processo de amor e ódio com o próprio cinema, né? Tem levas de amor profundo e levas de... Isso eu já sinto com o cara da esquina. Ele sabe do filme, né?"